segunda-feira, 24 de agosto de 2009

“Traduzir-se”

Vou começar as postagens desse blog com um poema do Ferreira Goulart...De acordo com as minhas pesquisas, ele escreveu o texto em plena redação. Com essa primeira postagem fica aqui o meu desafio de traduzir-me todos os dias através desse blog. Vamos lá!!! Força na peruca!!
 "Uma parte de mim é todo mundo, outra parte é ninguém, fundo sem fundo.
  Outra parte de mim é multidão, estranheza e solidão.
  Uma parte de mim pesa e pondera: outra parte delira.
  Uma parte de mim almoça e janta: outra parte se espanta.
  Uma parte de mim é permanente: outra parte se sabe de repente.
  Uma parte de mim é vertigem, outra parte, linguagem.
  Traduzir uma parte, na outra parte- que é uma questão de vida ou morte, será arte"?.
(Ferreira Goulart)

Um comentário:

  1. Sou a aquela que delira, que se espanta, que nunca sabe...sou aquela que esquece a linguagem, que ignora a questão, que não sabe aonde ir, mas que não quer orientação...sou aquela que quer a cara no vento, mas tem medo das marcas...sou aquela que quer um amor, mas não gosta do ronco...que ama as flores, mas tem nojo das abelhas...e, por isso, sou confusa, mas sou mulher ou sou confusa porque sou mulher???!!!

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